Este é um assunto muito sério, que já todos ouvimos falar, mas pouco conhecemos a verdadeira dimensão, mesmo quando atinge as nossas casas.
Do outro lado da minha vida encontro-me frequentemente com este problema, quer na vítima, quer no agressor, ou ainda com os pais de ambos e professores.
A maior parte das crianças perante este tipo de agressão dos colegas para consigo, nem sempre fala, nem sempre pede ajuda. Podemos ter em nossa casa uma criança que é vítima e não sabermos. Para nos apercebermos é necessário estar próximo e atent@.
Quando falo de proximidade, falo de relação. Para estarmos próximos das nossas crianças é necessário alimentar a nossa relação com elas diariamente, quando cuidamos delas, quando brincamos com elas, quando nos interessamos e ouvimos verdadeiramente os assuntos que nos confiam, e ainda assim, não esteja à espera que ela lhe venha dizer espontaneamente que é vítima de Bullying, pode acontecer, mas é apenas uma minoria a criança que fala do assunto por sua própria iniciativa. Esteja atent@ a mudanças do comportamento, alterações no sono, no apetite, nas brincadeiras, crianças que ficam mais introspectivas, mais isoladas...
Por vezes um livro pode ajudar a abrir a temática e a que a criança se identifique e fale sobre o assunto.
Para a fase do pré-escolar e primeiro ciclo deixo-lhe algumas sugestões de livros aqui:
Para as crianças que frequenta, o segundo ciclo, os 5º e 6º anos, deixo-lhe esta sugestão:
Ainda sobre esta temática e a convite da Magda Gomes Dias mentora do blog Mum's The Boss e da Escola da Parentalidade e Educação Positivas, escrevi este artigo sobre o tema do Bullying para o número de setembro da revista Parentalidade Positiva, que pode ver aqui:
Mas falar apenas da vítima não esgota a temática do Bullying.
E o agressor? O que faz de uma determinada criança, o agressor?
Podem ser variados fatores, mas para compreender este fenómeno também necessitamos perceber que o agressor é frequentemente, também uma criança que está desregulada e em sofrimento. O Bullying é uma questão social, educacional e emocional densa, para a qual necessitamos de nos debruçar mais e melhor tentando sempre compreender e educar numa perspetiva de aceitação e respeito pelo outro e por si própri@.
Grande missão para nós educadores. Vamos a isso?
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