Fomos ver a peça "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada" no passado domingo ao Museu Nacional do Teatro.
Adorámos. Todos. Eu achei-a uma peça muito especial. Apesar de ser uma peça para crianças, é sobretudo uma peça para refletir. É uma peça em que os pais têm que lá estar com a criança não apenas de corpo presente, mas genuinamente com a criança e com a história. É preciso refletir nas várias armaduras que usamos no nosso dia-a-dia, mais nós adultos, que os pequenitos e no quanto podemos perder com isso, o quanto essas armaduras nos podem toldar o olhar.
A peça está muito bem estruturada. Passa uma mensagem que pode ser difícil, de uma forma leve, lúdica, pedagógica e muito apelativa. É muito forte visualmente, há muitas bolinhas de sabão, fumos fortes de dragão, bruxas e um esquilinho delicioso que diz ser uma gaivota, ou seria uma gaivota com forma de esquilo?
Ainda hoje ouvi cantar cá em casa: "Merlim, Merlim, preciso de ti". Uma cantilena que o cavaleiro utilizava para chamar o mago.
Cá fora, já depois da fotografia com os atores, houve tempo para conversar sobre o que vimos. Esse momento é essencial nesta peça. Percebi o que perceberam, o que gostaram mais, o que o assustou e intrigou, as dúvidas que tiveram. Aí houve tempo para explicar os pontos de vista de cada um. Esta partilha é verdadeiramente importante. Dá-nos acesso ao mundo interior dos pequenitos e permite-nos explicar-lhes a forma como vêmos esses mesmos factos.
São estes momentos que nos ligam, que nos permitem ser guias do mundo deles, que ajudam a criar e a fortalecer laços para a vida.
Para ajudar a todas essas conversas, o espaço. O jardins do Museu Nacional do Teatro como cenário de brincadeiras, com os seus peixinhos a pedir-nos comida, as tartarugas, as árvores tão antigas...
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