Para Grandes Males, Grandes Remédios...

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Afonso: - Mãe, jogas às cartas comigo?

Eu: - Oh filho, mas a mãe tem que acabar aqui uma coisas de trabalho, pode ser mais logo?

Afonso: - Sim...

(10 minutos de pois)

Afonso: - Mãe, pode ser agora? Fazes um intervalo no teu trabalho e jogamos? Eu prometo que é rápido.

Eu, a sentir-me mãe desnaturada por ter que trazer trabalho para casa, e ainda ter que levar o meu filho a preocupar-se em ter que brincar rápido, aceitei.

Começámos a jogar à Guerra, e ele já tinha o jogo todo preparado:

2 montinhos de cartas, um para cada um de nós. O jogo consiste em cada um de nós virar uma carta do seu montinho, ganha a batalha o que tiver a carta mais alta. O que ganha leva as duas cartas e coloca-as por baixo do seu montinho de cartas, aumentando-o. O jogo termina quando alguém ficar sem cartas (esse é o jogador que perde).

Jogámos de facto num instante. Eu perdi todas as jogadas. Quando chegámos ao fim, eu disse:

- Oh Afonso, isso é que foi um jogão para ti. A mãe não ganhou nem uma batalha, isto nunca me tinha acontecido...

Afonso: - Sabes porquê, mãe? É que como tu tens pouco tempo para poder jogar aqui comigo, eu escolhi todas as cartas mais pequenas que o 10 e pus no teu montinho e as cartas maiores que o 10 pus no meu. Assim foi muito rápido.