Turistas na Cidade - Uma Viagem de Tuk-Tuk em Lisboa

Sempre que os pequenitos vêem tuk-tuks, ficam encantados. Primeiro, perguntaram o que era, se um carro ou uma mota, mas quando perceberam que eram veículos que se podiam alugar, não deixam passar um, sem perguntarem: - Oh mãe, quando é que vamos andar num tuk-tuk?

Com esta vontade toda, eu tinha agendado este passeio de tuk-tuk, para fazer com eles agora nas férias. E assim, foi. Contatei a Tuk Away Lisbon, e pedi-lhes um passeio pela zona histórica de Lisboa para nós os quatro.

Foi então que fui confrontada com o facto de por segurança da criança, a legislação não permitir que crianças com menos de 7 anos circulem nos tuk-tuk. Ora, os meus filhotes são sub-7, e como com segurança não brincamos, isto retirou-os logo da equação, pelo que por triste que tenha ficado, fiquei muito bem impressionada com a Tuk Away Lisbon, que mesmo arriscando a perder a viagem não hesitou em alertar-me para essa importantíssima questão.

Neste ponto ainda pensei em desistir, mas depois de saber o percurso (Baixa, Sé, Portas do Sol, Nossa Senhora do Monte, Igreja de São Vicente de Fora, Panteão Nacional, passagem por Alfama, paragem para ginjinha e miradouro de São Pedro de Alcântara),  fiquei com tanta vontade que resolvi agendar só para nós pais e adultos da casa, numa folga a dois. Foi uma ótima decisão!

Marcámos tudo com a Tuk Away Lisbon, e no dia e hora marcada lá estava o tuk-tuk e o Valdemar nos Restauradores à nossa espera.

Eu não sei qual é a expectativa que têm de um passeio de tuk-tuk, mas eu esperava que nos levassem aos locais, monumentos e miradouros, nós saíamos víamos o que queríamos, voltávamos ao tuk-tuk e seguíamos. Pois aqui não foi nada disso, e ainda bem. Não sei como é com outras companhias de tuk-tuks, nem tão pouco com outros guias da Tuk Away Lisbon, mas a nossa experiência foi ótima. O Valdemar foi um guia na verdadeira aceção da palavra. Levou-nos os locais, deu-nos tempo e espaço para que víssemos e vivêssemos os locais, e consoante o nosso interesse acrescentou sempre um pormenor histórico, uma informação pertinente, ou uma história ou lenda.

Ser alentejana é também trazer dentro a tradição das histórias. Ouvi muitas histórias, ainda hoje ouço, conto muitas histórias e aprecio sempre as histórias e lendas da nossa História. Nesta viagem, fiquei a conhecer na Senhora do Monte, a cadeira de S. Gens e as "ajudas" que ela dá, a lenda de S. Vicente de Fora e porque é que em Lisboa os corvos não estão ligados às trevas, mas a uma manifestação divina. A maldição das obras de Santa Engracia, as três desgraças da dia 1 de Novembro de 1755, e tantas outra coisas, entre uma limonada de melão e uma ginjinha deliciosas.

Deixo-lhe um bocadinho do nosso passeio, mas nada como agendar o seu.

Sé de Lisboa

S. Vicente de Fora, o Padroeiro de Lisboa
(Não, não é Santo António o padroeiro da cidade)

Efígie de Amália pelo street artist Vhils

Miradouro de Nossa Senhora do Monte

Miradouro de Nossa Senhora do Monte

Igreja de S. Vicente de Fora

Um programa de concertos, de entrada livre, a não perder na Igreja de São Vicente de Fora

Panteão Nacional

A ginjinha

Maravilhas da Be Happy in Lisbon

Miradouro de São Pedro de Alcântara
(aquelas árvores são o miradouro de Nossa Senhora do Monte)

Miradouro de São Pedro de Alcântara