Até Sempre!

1.9.15
A calma do regresso das férias foi interrompida.

A notícia de que a escola vai fechar, já daqui a 8 dias trouxe uma nuvem negra e uma angústia profunda aqui para casa. E sei-a em outras casas aqui perto.

Os pequenitos não estão preparados para uma alteração destas assim tão repentina, terão que se adaptar a novos colegas, a novos recantos que os pais ainda terão que encontrar, num esforço para não dar a perceber, não fazer adivinhar medos e angústias, numa corrida contra o tempo para encontrar um colo para os seus bens mais preciosos.

Tudo isto atou um nó na minha garganta que não se consegue desfazer. Um peso no peito que cresce a cada vez que penso nas pessoas a quem confiei os meus filhos e quem só tenho a agradecer o enorme empenho e trabalho de excelência. Não tenho palavras que exprimam o meu agradecimento, pela sua dedicação e carinho diários nem a minha angústia por sabê-las sem emprego, neste momento tão difícil.

Só posso desejar a todas que o futuro vos reserve o melhor. Que esta mudança forçada venha mostrar-se um ponto de viragem positivo e trazer-vos a todas, ótimas oportunidades.

Deixo-vos a todas um abraço apertado, votos das maiores felicidades e a minha disponibilidade para ajudar no que puder ser-vos útil.

Foi muito difícil ver o olhar triste do meu Afonso hoje. Doeu-me ele não querer despir o bibe, agarrando-o num abraço de quem adivinha que nada será como dantes. Não saber responder a tantas perguntas do Francisco. Mas doeu-me ainda mais saber-vos a todas, que me ajudaram na minha missão mais importante, que fazem parte da vida dos meus filhos, em momentos tão difíceis.

Dizem-me:

- Eles são crianças, adaptam-se rápido...

Ás vezes tenho a sensação de que a maior parte dos adultos não se lembra de ser criança...
Eles adaptam-se, claro que sim, todos nos adaptamos, mas a que preço?


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