A Caminho de Santiago #10

18.10.13
O caminho francês ainda está por fazer, mas tem o seu lugar no caderninho de projetos a concretizar.

O caminho português que fizemos desta vez deslumbrou-nos. Por mais que possa aqui escrever, por mais fotografias que possa mostrar, há sempre uma parte que pertence ao Caminho.

Desta vez começámos em Vila Ruiva, fizemos uma visita noturna ao castelo de Linhares, saímos na manhã seguinte para a Capela de Santo Estêvão, passámos depois pela capela de N.ª S.ª ao Pé da Cruz, locais lindíssimos, longe de tudo que é conhecido e tão fiéis ao propósito delas próprias.

Estivemos no centro histórico de Sernancelhe, seguimos para o Santuário de N.ª S.ª da Lapa, lindíssimo e tão diferente. Uma igreja construída em volta de uma rocha onde se encontra o altar. Sublime.

Visitámos o Mosteiro de S. João de Tarouca, subimos a torre medieval de Ucanha. Que vista linda! Seguimos para Lamego, vimos as quedas de água das Fisgas do Ermelo e continuámos para Mondim de Basto.

Passámos no Santuário de N.ª S.ª do Viso a caminho de Agra, aldeia de Portugal. Visitámos o Santuário de S. Bento da Porta Aberta e o Santuário de Nossa Senhora da Abadia.

Estivemos e visitámos o Mosteiro de Tibães e seguimos para Vila Nova de Cerveira. Visitámos o Mosteiro de São João de Arga e cruzámos a fronteira para Espanha.

Neste percurso sente-se a riqueza do património, da história, das pessoas. Somos tanto. E há tanto, tanto tempo. Temos tanto. E agimos tantas vezes como se não soubéssemos, como se não fossemos...

Mas somos. Tanto. E ainda bem!

Já em Espanha, a primeira descoberta é um miradouro sobre o Rio Minho que nos mostra Portugal do lado de lá. Tão lindo!

Seguimos caminho. Visitámos o Mosteiro de Oia, mesmo à beira-mar, onde nos recebem de braços abertos, num galego mais português que castelhano. Ali se refugiaram frades portugueses e ali viveram até há pouco tempo atrás.

O caminho continua e leva-nos a Santiago. Chegamos, e de noite, a pé, fazemos o caminho para a Catedral.

É a minha terceira vez em Santiago de Compostela. É sempre diferente. É sempre mágico.

No dia seguinte, após a visita guiada à Catedral temos a missa do peregrino celebrada por um bispo português, D. António, bispo auxiliar de Braga, e no final da missa a cerimónia do Botafumeiro.

O Botafufeiro sempre me intrigou. Das outras vezes que tinha estado na Catedral, sempre desejei ver como funcionava, mas hoje em dia só fazem este ritual em dias festivos ou especiais.

Desta vez aconteceu e foi o culminar de toda a magia do Caminho.

Inesquecível!

Em tudo e também na possibilidade de presenciar este ritual, eu agradeço à organização do Clube Escape Livre, que foi excelente em todo este caminho, o que faz adivinhar outros caminhos conjuntos de que aqui lhe darei conta.

Como forma de agradecimento, aqui fica o possível de um momento tão especial.




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